quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MÁSCARAS


Recebi um texto, que na verdade me parece ser uma mistura de textos de autores diferentes:

"O estágio evolutivo em que se encontra a humanidade, mostra que o regime da força, dos instintos animalescos, foi substituído pela astúcia. As pessoas procuram a vitória, utilizando máscaras, que escondem a verdadeira personalidade de seu usuário.

A arte de se mascarar, historicamente marcante no carnaval de Veneza, pode ser tomada como emblema para a astúcia do atual estado evolutivo do homem. A máscara tem sido a sua principal arma para a conquista de seus objetivos, nem sempre confessáveis. Na sociedade, a máscara tem sido apenas uma arma para esconder fragilidades de personalidades.

Como você usa as suas máscaras?

Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a consciência acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras. Difícil é segui-las. Ter noção da própria vida, ao invés de ter noção da vida dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para escutar a resposta ou querer entendê-la.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade de chorar, ou chorar de rir, de tanta alegria.

Fácil é dar um beijo. Difícil é entregar a alma, sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é, e te fazer feliz, por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o coração de alguém e saber que é realmente amado.

Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com o que achávamos ter visto. Admitirmos que nos deixamos levar, mais uma vez, isso sim é difícil.

Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho.

Fácil é dizer para os outros que a vida é maravilhosa, quando temos tudo do melhor. Difícil é dizer a mesma coisa quando passamos por dificuldades.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para nosso próprio coração.

Fácil é dizer "oi" ou "como vai"? Difícil é dizer "adeus", principalmente quando somos culpados pela partida de alguém de nossas vidas.

Fácil e abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica, quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só, amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar, se entregar, e aprender a dar valor a quem te ama.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas, dizer sempre a verdade, com confiança no que diz. Amigos de verdade, são poucos.

Falar é completamente fácil quando se tem palavras em mente, que expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes, o que realmente queremos dizer, antes que a pessoa se vá.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre ela. Difícil é vivenciar esta situação, saber o que fazer, ou ter coragem para fazer.

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado. Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mostrar ao mundo que fazemos caridade, dando aquilo que nos sobra. Difícil, é dar aquilo que nos falta, sem fazer alarde."

( Foto : Wilson Luiz Negrini de Carvalho )

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